PLENARIA ANUAL FITERT

A Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert) realizou a sua Plenária Nacional Conjunta Estatutária e de Registro Profissional dos Radialistas, o evento aconteceu em Brasília, capital do Distrito Federal, nos dias 20, 21 e 22 de julho do corrente ano.
Reunindo seus associados de todo país a pauta foi a reforma estatutária, registro profissional, exercício ilegal da profissão entre outros. O maranhão foi representado pelo o SINRAD, que levou cinco delegados para ajudar nos debates e fazer parte da plenária com voz e voto. Por fim, o estatuto da federação foi reformado e entrará em vigor mudando os rumos da Fitert, trazendo segurança para os representantes da federação e sindicalizados, tendo um número maior de delegados para os estados com maior número de associados, e fazendo do próximo pleito um pleito proporcional, ou seja, quem ganha a eleição e quem perde, irão administrar a entidade juntos.
O debate sobre o registro profissional gerou certa polemica, pois dividiu a plenária com associados a favor do curso superior para que se possa tirar o registro e outros radicalmente contra tal exigência, além de tocar nos pontos favoráveis ao registro foi colocado pela mesa, a criação de uma comissão para discutir a fundo o problema e cobrar um curso com mais horas de duração, exemplo de outros estados que tem cursos com 800 horas aula, que seria o mais perto de um curso de formação profissional dentro das exigências da categoria.
O exercício ilegal da profissão foi debatido, e muitos sindicatos relataram o registro de boletins de ocorrência contra os inaptos que exercem a profissão de radialista de forma irregular, sendo que tal pratica é considerada crime, com prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
A plenária contou com vários convidados que compuseram a mesa e debateram de forma democrática os assuntos abordados no evento, em destaque a participação da advogada Camila Gomes, Coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Fitert, ela explanou a sua preocupação com o projeto de lei que tramita na câmara federal mexendo com Decreto -84.134/1979, que regulamenta  a lei 6.615/1978   da profissão de radialistas, se aprovada essa PL, ela causara uma inversão da lei e coloca o patrão a frente dos sindicatos no que se refere dar o atestado de  capacitação, que hoje é emitido pelos sindicatos e por último por eles, em lugares onde não existem cursos que dão direito ao Registro Profissional de Radialista, (RPR).

Outra grande participação do evento foi da professora de RTV do estado de São Paulo Debora Borni, ela destacou que o curso de nível superior é a melhor solução para o RTV, pois o lado Humanas presente no curso prepara de forma ética e atrelados a técnica, faz desse profissional um ser mais qualificado. Debora que já trabalhou na Rede Globo, destacou a sua indignação, da forma como muitos são escolhidos para trabalhar na referida emissora, e relatou também, o quanto ela aprendeu com a faculdade e porque ela defende tanto o curso de nível superior, Debora é militante sindical desde que inicio a sua vida profissional em um banco no estado de São Paulo e quando tirou o seu primeiro registro profissional como radialista, sentiu ainda mais a necessidade de continuar a sua luta na vida sindical.
A delegação maranhense foi decisiva nessa plenária, liderada pelo presidente do SINRAD o radialista J Kerly, a delegação gerou debates e decidiu a votação que determinava o número de delegados para as próximas plenárias e congressos da federação, sendo que os estados com os maiores números de associados queriam esmagar os estados com o menor número, fazendo assim, uma competição totalmente desigual, já que o delegado tem voz e voto. A proposta era de 08 delegados para os de maior número de associados e 03 delegados para os sindicatos de menor números de associados, se tal proposta passasse, estados como São Paulo e Rio aliados ao Distrito Federal, seriam unanimidade.

A delegação maranhense se manteve firme e buscou união com outras bancadas, isso gerou um clima tenso, contudo, no final, o resultado foi favorável, os sindicatos com maior número de associados ficaram com 07 Delegados e os com menor números de associados com 05 delegados, a postura de José Santos, J Kerly, Josemar Pinheiro, Robson Junior e Flavio Chocolate atrelado ao apoio de outras bancadas foi decisiva, e manteve um bom número de representantes nas futuras plenárias e congressos.